novembro 04, 2020
Traçar planos e ações para o desenvolvimento da Amazônia também faz parte da agenda do Fórum Mundial Amazônia+21. Louise Caroline Campos Löw – titular da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), fez a abertura do terceiro painel de discussões do Fórum Mundial, que contou ainda com a participação dos Ministérios do Desenvolvimento Regional, da Ciência e tecnologia e Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).
Louise fez uma explanação sobre a SUDAM para levar igualdade de oportunidades aos estados do Norte do Brasil, principalmente na inclusão das comunidades amazônicas dentro do contexto econômico, sem deixar de lado o desenvolvimento sustentável.
A superintendente da SUDAM também apresentou as linhas de crédito através do FNO e FDA, destinadas a projetos para cada estado do Norte. Traz consultas por estado e eixos temáticos. “São 249 projetos planejados dentro do Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA), que estão dentro de uma carteira direcionada não só ao poder público e sociedade civil, mas para investidores”, explicou Louise. Narda Souza, também da SUDAM, também falou sobre o programa, lembrando que os interessados podem consultar o portal da Sudam para conhecer mais detalhes.
Tulio Barata mostrou os instrumentos de ação da SUDAM. Incentivos fiscais às empresas que atuam à região com propósito de atrair investimentos para a região: empresas devem, na sua área de atuação, ter 20% de sua capacidade instalada na região e ter a base de produção dentro do rol das necessidades da Amazônia.
O ministro Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia e Inovação, falou sobre a reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal e o monitoramento da região, que controla o desmatamento e as queimadas. Também falou sobre o programa que criou uma base de dados climáticos para controlar e acompanhar as mudanças que vêm ocorrendo. E sobre o programa Adapta Brasil, que possui dados integrados para atuar na interpretação da base de dados de monitoramento da região via satélite.
Sobre o desenvolvimento sustentável, Marcos Pontes tem uma série de projetos efetivos na área de pesquisa e de ciência. Um deles é para propor soluções para áreas degradadas. Outros são destinados para à melhoria da qualidade das culturas locais, como a produção do açaí e do pirarucu, por exemplo.
Marcelo Morales, do MCTI, discorreu projetos associado ao desenvolvimento e à conservação da biodiversidade. Estudos como o Projeto Laboratórios Satélites (SALAS), que consiste na instalação de laboratórios dentro da floresta Amazônica. “Um dos principais objetivos é promover pesquisas dentro das florestas para desenvolver novos medicamentos para o tratamento de doenças ainda incuráveis”, comentou.
O secretário do Ministério do Desenvolvimento Regional, Tiago Queiroz, apresentou de forma sucinta o que órgão tem desenvolvido focado para a região Amazônica. “São projetos vinculados a produtos locais, o açaí, o cupuaçu, para promoção de geração de emprego e renda às comunidades amazônidas”. Também falou dos protejo Rotas de Integração Nacional, que atua em diversos produtos, como fármacos e produtos gastronômicos.
O superintendente adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional da SUFRAMA, Manoel Fernandes Amaral Filho, afirmou que a instituição atua para fazer acontecer. “A SUFRAMA operacionaliza várias vertentes e atua com vetores como a bioeconomia e mobiliza atores externos para contribuir com o incremento da região”, comentou.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) teve participação no Fórum através do secretário Fernando Schwanke, que representou a ministra Teresa Cristina. Na oportunidade, apresentou as formas de como o Mapa vem trabalhando para contribuir no desenvolvimento das cadeias produtivas da região amazônica, através da implantação de tecnologias por meio da Embrapa. “Através dos estudos e pesquisas, alcançamos uma competência interna na produção de alimentos”, afirmou.
O empreendedorismo é outro fator citado pelo secretário do Mapa. “Hoje temos cadeias produtivas de tabaco, café, hortigranjeiros, suínos, para abastecimento mundial”, afirmou. Na questão do abastecimento e voltado para a região Amazônica, Fernando Schwanke destacou que um dos desafios é trabalhar os aspectos da produção versus preservação. “Trabalhamos em algumas diretrizes para garantir esse equilíbrio”, ressaltou.
Louise Caroline Löw, da Sudam. Crédito: CNI
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