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novembro 06, 2020

A importância da rastreabilidade para futuros investimentos

As questões ligadas à rastreabilidade das cadeias produtivas já mostram avanços no país, mas há a necessidade e espaço para aumentar essa agenda. Esse foi um dos assuntos apresentados durante o terceiro debate desta sexta-feira, 6, do Fórum Amazônia+21. Também se discutiu o papel do setor financeiro na gestão de riscos florestais das empresas do Brasil. Participaram do painel Laís Maciel, gerente de operações da CDP – Latin América, Maria Eugênia Buosi, especialista da Resultante Consultoria, e Diogo Bardal, da IFC – Banco Mundial, sob a moderação de Mario Cardoso da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Lais Maciel fez uma rápida explicação sobre as atividades da CDP. Trata-se de uma organização que trabalha com estudos de impactos ambientais e com temas de mudanças climáticas, segurança hídrica, programa de manejo de florestas. Ela apresentou resultados de um estudo da CDP, que serve para traçar o papel do setor financeiro na gestão de riscos florestais das empresas no Brasil.

Esse trabalho consiste em reunir informações relevantes sobre iniciativas corporativas para a gestão de riscos de desmatamento, fornecer subsídios para a tomada de decisão em negócios e políticas do setor de florestas e encaminhar recomendações voltadas para o setor financeiro.

Há setores que ainda têm muito a investir na rastreabilidade

Em relação à rastreabilidade, Lais informou que o estudo aponta que existem grupos empresariais que estão bem avançados nesta agenda. “No entanto, existem outros setores que precisam investir na rastreabilidade, até para vislumbrar novos financiamentos”, explicou.

A CDP também possui um projeto totalmente voltado às questões de florestas na América Latina, China e Europa e trabalha o risco de desmatamento nas suas cadeias.

Maria Eugênia Buosi parabenizou pelo excelente estudo da CDP, tanto pelas importantes informações trazidas,  como por mostrar o caminho que o Brasil ainda precisa percorrer. Ela detalhou que sua consultoria trabalha com investidores do setor financeiro, que direcionam seus negócios à Amazônia. “Esses grupos se sensibilizam sobre os riscos do desmatamento”, afirmou.

Ela ressaltou que é necessário colocar o tema numa agenda massificada, que incentive uma ação de abrangência nacional. “Precisamos entender que o risco de desmatamento não é isolado. É um risco que perpassa as outras modalidades de risco, e que pode interferir na reputação das instituições. Ninguém que ver seu nome vinculado ao desmatamento”, acrescentou.

Uma visão além do compliance

Diogo Bardal disse que a IFC avalia as oportunidades, tendo a percepção dos riscos socioambientais. Ele apresentou um ponto fundamental que é avaliado pela instituição. Não se busca investir somente onde não há riscos. “O importante é o cumprimento da lei, e colocar uma visão além do compliance. Qual o papel do setor privado para fazer essa agenda seguir adiante?”, questionou.

Bardal também disse que desde 2017 o IFC auxilia o BNDES a criar padrões de financiamentos. “Existem dezenas de empresas brasileiras que têm o compromisso com a preservação ambiental. Também observamos um crescimento muito grande de aporte de financiamentos, não só no Brasil, mas no cenário internacional”, disse.

De acordo com Bardal, quando se falava em preservação ambiental e preocupação com a biodiversidade, apenas ONGs e movimentos conservacionistas eram mais engajados na causa. “Hoje esse cenário mudou. Houve um aumento considerável de empresas que já enxergam modelos de negócio totalmente voltados às políticas de preservação ambiental”, ressaltou.

Amazônia + 21

O Fórum Amazônia + 21 é uma iniciativa para mapear perspectivas e buscar soluções para temas relacionados ao desenvolvimento da região e melhoria da qualidade de vida dos mais de 20 milhões de cidadãos que vivem na Amazônia Legal. O programa é uma realização da FIERO, Prefeitura de Porto Velho, através da ADPVH, com correalização da CNI e Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

Os debates sobre os desafios e as soluções para a Amazônia acontecem a partir de quatro eixos temáticos: negócios sustentáveis, cultura, financiamento dos programas e ciência, tecnologia e inovação. Para participar, inscreva-se gratuitamente no site amazonia21.org. O evento conta com tradução simultânea em inglês e espanhol e acontece até o dia 6 de novembro. Todas as palestras ficam gravadas no canal do Youtube da CNI, e a cobertura completa de todos os debates pode ser acompanhada na página do Amazônia+21.

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