Os exemplos de desenvolvimento para as cidades pan-amazônicas

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novembro 04, 2020

Os exemplos de desenvolvimento que as cidades pan-amazônicas devem seguir

Modelos eficientes na gestão do saneamento básico, mobilidade urbana e geração de empregos foram algumas das temáticas discutidas no painel Cidades Pan-Amazônicas do Fórum Mundial Amazônia+21, que aconteceu nesta terça-feira (4). O painel marcou o lançamento oficial do Fórum de Cidades Pan-Amazônicas, uma iniciativa do ICLEI América do Sul, em parceria com a Fundação Konrad Adenauer, por meio do Programa Regional de Seguridade Energética e Mudança do Clima na América Latina (EKLA) e Way Carbon.

Além dos representantes dessas instituições, participaram virtualmente do evento o prefeito de Porto Velho (RO), Hildon Chaves, o prefeito de Manaus (AM), Arthur Virgílio, o especialista de Planejamento Estratégico e Estatística de Moyobamba, no Perú, Roberto Pascual Gabriel, e a ambientalista Denise Hamú, que desde 2011 está à frente do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Em uma apresentação consistente e categórica, Denise levantou questões essenciais para o desenvolvimento das cidades pan-amazônicas. Ela lembrou que dos 450 municípios da região Norte do Brasil, 407 têm populações com menos de 50 mil habitantes, o que requer atenção especial e personalizada.

Deficiência em saneamento

“Das 10 piores cidades com coleta de esgoto, sete estão na Amazônia Brasileira. Como cumprir metas de um modelo de saneamento predominante, que não apresenta nenhuma intimidade com a região onde as cidades são horizontais, pequenas e pobres em sua maioria?”, questionou.

Para o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, não existem soluções específicas para um determinado estado e, dessa maneira, não há como trabalhar de forma parcial. “Temos que discutir a Amazônia como um todo e é fundamental que essa discussão aconteça dentro da Amazônia”, disse.

Por isso, as entidades participantes apostam no lançamento do Fórum de Cidades Pan-Amazônicas, que vai discutir permanentemente ações para melhorar o desenvolvimento sustentável nessas cidades. A iniciativa quer criar canais de troca de conhecimento e de experiências entre os governos locais, estabelecendo um espaço de articulação conjunta para a transformação positiva e sustentável da região pan-amazônica.

O secretário de Integração de Porto Velho, Álvaro Luiz Mendonça, exemplificou essas ações com políticas de educação e preservação ambiental, melhorias no saneamento básico e políticas como mobilidade urbana. “Em Porto Velho, estamos investindo em ciclovias para que a população use mais a bicicleta como transporte, numa atitude mais sustentável”, salientou.

Futuro sustentável

O quarteto saneamento básico, mobilidade urbana, educação ambiental e geração de empregos foi um apontamento comum entre os participantes para promover o crescimento da região amazônica. Mas o debate que começou no Fórum Mundial Amazônia +21 foi apenas o pontapé inicial dessa importante discussão.

De acordo com o secretário executivo do ICLEI América do Sul, Rodrigo Perpétuo, a intenção é discutir permanentemente ações que sirvam de referência internacional para o movimento de cidades. “Este caminho nos permitirá avançar com qualidade e possibilidade de atuar pela transformação positiva e sustentável da região pan-amazônica”, declarou.

A Pan-Amazônia envolve os países que têm a floresta amazônica em seu território: Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia, as Guianas e o Suriname, além do Brasil

Do lado brasileiro, a Amazônia é formada pelos Estados do Amazonas, Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e parte do Tocantins, com uma população aproximada de 25 milhões de habitantes, 56% da população indígena do país e, aproximadamente, 25 mil quilômetros de vias navegáveis dentro desses estados.

Amazônia + 21

O Fórum Amazônia + 21 é uma iniciativa para mapear perspectivas e buscar soluções para temas relacionados ao desenvolvimento da região e melhoria da qualidade de vida dos mais de 20 milhões de cidadãos que vivem na Amazônia Legal. O programa é uma realização da FIERO, Prefeitura de Porto Velho, através da ADPVH, com correalização da CNI e Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

Os debates sobre os desafios e as soluções para a Amazônia acontecem a partir de quatro eixos temáticos: negócios sustentáveis, cultura, financiamento dos programas e ciência, tecnologia e inovação. Para participar, inscreva-se gratuitamente no site amazonia21.org. O evento conta com tradução simultânea em inglês e espanhol e acontece até o dia 6 de novembro. Acompanhe a programação no site amazonia21.org e pelos canais – Facebook e YouTube –  da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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