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novembro 05, 2020

O que a ciência tem a dizer sobre a Amazônia

O Brasil está correndo contra o tempo para preservar a Amazônia e se nada foi feito pode ser tarde demais. É o que estima o cientista Carlos Nobre, que participou do painel “O que a ciência tem a dizer sobre a Amazônia” ao lado da também cientista, professora da Universidade de Brasília (UnB) e membro da Academia Brasileira de Ciências Mercedes Bustamante. A apresentação foi mediada pelo gerente executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Marcelo Prim.

Nobre, que desde 2016 desenvolve o conceito Amazônia 4.0, um inovador modelo de desenvolvimento de uma bioeconomia para a Amazônia baseado na introdução das tecnologias da Quarta Revolução Industrial para gerar bioindústrias e inclusão social, protegendo as florestas, os rios e as populações tradicionais, é categórico ao dizer que o modelo atual econômico falhou na Amazônia por não valorizar a natureza. “O Brasil falhou totalmente nesse quesito. Temos que parar o desmatamento amanhã”, enfatiza.

Para ele o “tipping point” da savanização da Amazônia já foi ativado e, se continuar como está, será um processo irreversível. “Se nada for feito, a maior parte da floresta do Brasil virará uma savana bem degradada”, lamenta.

Ponto de inflexão

Nobre é uma das maiores referências em estudos sobre aquecimento global do país e enfatiza que a floresta amazônica está muito próxima do ponto de “não retorno” se o desmatamento continuar. Segundo ele, pesquisas mostram que este ponto de inflexão  pode ocorrer se o desmatamento exceder 20% a 25%.  Atualmente, o patamar está em 17%.

Como uma das medidas de reversão, o cientista defende o conceito “Brazil Green Deal”, para agregar valor em produtos da floresta. “Temos que ser criativos e inovadores para pensar a Amazônia e trazer a melhor ciência e tecnologia em busca de uma nova economia”, aponta.

A professora Mercedes Bustamante também alerta para o problema e avalia como crítica a atual situação do desmatamento na região. Para ela, alguns pontos são essenciais para a recuperação e manutenção da Amazônia, como a heterogeneidade e a complexidade da região, uma ecologia de um sistema em mudança, a resiliência, a mudança e adaptação em sistemas sociológicos e uma análise do passado.

“Precisamos aprender as lições do passado para analisarmos os caminhos para o futuro. Não podemos cometer os mesmos erros”, afirma.

Amazônia+21

O Fórum Amazônia + 21 é uma iniciativa para mapear perspectivas e buscar soluções para temas relacionados ao desenvolvimento da região e melhoria da qualidade de vida dos mais de 20 milhões de cidadãos que vivem na Amazônia Legal. O programa é uma realização da FIERO, prefeitura de Porto Velho, através da ADPVH, com correalização da CNI e Instituto Euvaldo Lodi (IEL). Todas as palestras ficam gravadas no canal do Youtube da CNI, e a cobertura completa de todos os debates pode ser acompanhada na página do Amazônia+21.

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