Bionegócios, oportunidades, inovação, empreendedorismo. Temas debatidos no painel “Mapeamento de oportunidades para bioeconomia”, no Fórum Mundial Amazônia+21, na tarde desta quinta-feira. Neste debate também foram abordadas as oportunidades de recursos e investimentos para os bionegócios no território da Amazônia e a estratégia de atuação do Sebrae em Bioeconomia, por meio do Programa Inova Amazônia. A maior biodiversidade vegetal do mundo guarda oportunidades de negócios.
Atuando como mediador, o diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, afirmou que os temas são relevantes e oportunos. “A partir deste encontro, trazemos à pauta uma Amazônia mais inovadora e as oportunidades para negócios baseados nos ativos da floresta. O conhecimento aplicado à inovação gera riqueza e pode transformar o Brasil através do desenvolvimento sustentável”, disse.
O programa Inova Amazônia, lançado pelo Sebrae, visa fortalecer a bioeconomia na Amazônia e fomentar o crescimento econômico com inovação aberta, aliado à conservação ambiental. Quick ressaltou que a Amazônia tem potencial de geração de renda e ampliação de mercados para os pequenos negócios em diversas áreas, como biotecnologia, desenvolvimento de processos industriais de menor impacto ambiental, químicos renováveis, entre outros.
Segundo diretor-superintendente do Sebrae/RO, Daniel Pereira, a iniciativa capitaneada pelo presidente da FIERO, Marcelo Thomé, é uma poderosa conexão para a realidade da Amazônia, onde os investimentos públicos ainda são escassos, sendo a logística um dos principais gargalos.
É importante que o Brasil conheça Amazônia
Pereira afirma que este é um momento ímpar para a região, principalmente pela iniciativa do Sebrae, cuja visão inovadora criou este programa chamado Inova Amazônia. “Na nossa ótica, é importante que o Brasil conheça a Amazônia. E o Sebrae, através de iniciativas como o Inova Amazônia, está contribuindo para o desenvolvimento das potencialidades. O Sebrae, com essa iniciativa de envolver todos os estados, pode fazer a Amazônia que gostaríamos de ter e a Amazônia que um dia tivemos”.
De acordo com o gerente da Unidade de Inovação do Sebrae Nacional, Paulo Renato Macedo Cabral, o programa foi concebido com foco na inovação e o melhor caminho são os empreendedores. A convicção é que a bioeconomia pode ser uma nova vertente, frisou.
O empresário José Alexandre Da Lamarta, CEO da empresa Inovam Brasil Importação e Exportação, de beneficiamento de castanhas, falou que trabalhar com produtos da Amazônia é um desafio. Ele conta que a logística complexa e vários outros fatores tornam uma atividade produtiva na Amazônia mais desafiadora. “Mas vale a pena”, diz.
“Os trabalhos da empresa têm alcançado resultados positivos e a bioeconomia trouxe inovação. A nossa indústria se modernizou e buscou acabar com o desperdício”. Ele fez questão de dizer que o Sebrae é um parceiro importante para esse desenvolvimento. Enumerou outras dificuldades, como a ilegalidade e a competição desigual. “Por tudo isso, devemos quebrar barreiras e deixar que as coisas sejam mais transparentes. Vamos compartilhar, reduzir custos, atuar de forma transparente”, finalizou.
Sobre o Amazônia+21
O Fórum Amazônia + 21 é uma iniciativa para mapear perspectivas e buscar soluções para temas relacionados ao desenvolvimento da região e melhoria da qualidade de vida dos mais de 20 milhões de cidadãos que vivem na Amazônia Legal. O programa é uma realização da FIERO, Prefeitura de Porto Velho, através da ADPVH, com correalização da CNI e Instituto Euvaldo Lodi (IEL). Todas as palestras ficam gravadas no canal do Youtube da CNI, e a cobertura completa de todos os debates pode ser acompanhada na página do Amazônia+21.