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novembro 05, 2020

Brasil não pode ficar para trás na economia de conservação da floresta

O Brasil não pode ficar para trás na economia de conservação da floresta. Essa foi a conclusão a que se chegou durante o debate que abordou os caminhos para acelerar os negócios na região amazônica, nesta quinta-feira (5), durante o segundo dia de debates do Amazônia+21. Sob a mediação do secretário da Superintendência Estadual do Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (SEDI), Sérgio Gonçalves, a questão foi discutida por Beto Veríssimo, do Centro de Empreendedorismo da Amazônia, Mariano Cenamo da ONG Ideasse, Daniel Contrucci, da Climate Venture e Leonardo Letelier, da Sitawi.

“É preciso mobilizar o capital para captar o impacto ambiental positivo, ou seja, promover o desenvolvimento da região com a floresta em pé”. Essa foi a primeira consideração de Leonardo Letelier, ao participar da conversa sobre a aceleração dos negócios na Amazônia.

Letelier citou a promoção de rodadas de empréstimo coletivo para a Amazônia, que atraem grandes investidores  preocupados com a preservação ambiental. “São pessoas e empresas que não querem que a região se desenvolva através de desmatamentos ou queimadas”, exemplificou.

Amazônia é agenda prioritária

Beto Veríssimo fez uma leitura geral da agenda do empreendedorismo para a Amazônia e disse que ela é recente e promissora. Já para Mariano Cenamo, é necessário encontrar soluções para a promoção do desenvolvimento socioeconômico da região. E Daniel Contrucci contou que desde 2006 atua com sustentabilidade. “Iniciei atuando no turismo sustentável e a Amazônia se torna uma agenda prioritária”, afirmou.

Ao serem indagados de que forma os negócios podem ser alavancados, a logística foi um ponto considerado como gargalo e que de uma certa forma inibe novos investimentos na região. Contrucci reafirmou que os negócios estão no radar, porém é necessário destravar os desafios de logística e comercialização dos produtos amazônicos.

Mariano Cenamo disse que os estados amazônicos têm características muito diferentes entre si. “Rondônia é diferente do Amapá, e de Roraima, por exemplo. Por isso é necessário um pacote de medidas com diversas ações diferentes”, ponderou.

Outro fator abordado foi o papel de governo, academia, terceiro setor e de que forma se pode atrair a nova geração de empreendedores para promover esse desenvolvimento tão desejado e preciso para a região. “É necessário ter uma visão mais atualizada. Sem isso, fica difícil a competição”, reafirmou.

Investimento na Amazônia é de longo prazo

O investimento em projetos estruturais foi defendido por Letelier. “Ele deve ser inclusivo e centralizado, para criar novas indústrias baseadas em uma economia que distribua justiça social. Também devem-se fomentar políticas públicas para gerar a formação de novos empreendedores”, destacou. Na questão de investimentos, disse que hoje o investidor procura expectativa de alto retorno, com baixo risco e liquidez satisfatória. “Investir na Amazônia é mais complexo, pois são investimentos de longo prazo. Neste ponto, o governo tem o papel importante de criar estruturas, diminuir a burocracia e criar leis para que o investidor se sinta seguro”.

Beto Veríssimo ponderou que existem maneiras de geração de riquezas. “O primeiro que precisamos desmistificar é que o desenvolvimento está atrelado ao desmatamento. Não está”, afirmou. Ele deu o exemplo do Pará, que em 1940 figurava em 7º lugar no PIB brasileiro, e em 2012, aparecia como o 20º. “O segundo é o conceito é a produção dos serviços ambientais, o que pode representar grandes oportunidades de negócio”, frisou.

Amazônia + 21

O Fórum Amazônia + 21 é uma iniciativa para mapear perspectivas e buscar soluções para temas relacionados ao desenvolvimento da região e melhoria da qualidade de vida dos mais de 20 milhões de cidadãos que vivem na Amazônia Legal. O programa é uma realização da FIERO, Prefeitura de Porto Velho, através da ADPVH, com correalização da CNI e Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

Os debates sobre os desafios e as soluções para a Amazônia acontecem a partir de quatro eixos temáticos: negócios sustentáveis, cultura, financiamento dos programas e ciência, tecnologia e inovação. Para participar, inscreva-se gratuitamente no site amazonia21.org. O evento conta com tradução simultânea em inglês e espanhol e acontece até o dia 6 de novembro. Todas as palestras ficam gravadas no canal do Youtube da CNI, e a cobertura completa de todos os debates pode ser acompanhada na página do Amazônia+21.

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