A Amazônia muito além do açaí. Como foi o painel 2 do fórum

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novembro 05, 2020

A Amazônia muito além do açaí

A cadeia produtiva do açaí é de extrema importância para a Amazônia. Chega a movimentar R$ 40 milhões por ano e gerar mais de 25 mil empregos. Mas a produção do fruto, no entanto, não é o único a ter potencial na região. Pelo contrário. É preciso expandir os horizontes e posicionar outros produtos atrativos no mercado.

O tema foi discutido no Painel Negócios Inovadores da Amazônia, nesta quinta-feira (5), no Fórum Amazônia + 21. O debate contou com a participação da especialista em inovação Victoria Mutran, do sócio consultor da Queen Nut produtora de macadâmia José Eduardo Mendes Camargo; do membro do Conselho de administração da Frooty Açaí Carlos Alberto Brito Soares ;e da economista Fernanda Stefanini, fundadora da 100% Amazônia. A mediação foi realizada por Maurílio Santos.

Um vasto potencial produtivo a ser explorado com sustentabilidade

A importância de quebrar estereótipos e buscar certificações e qualificações que garantam a qualidade e a segurança de produtos sustentáveis foram apontados no debate como um senso comum entre os participantes. Para Victória Mutran, que tem vasta experiência na instalação de plantas industriais, programas de garantia da qualidade e processamento de alimentos, a Amazônia tem um vasto potencial produtivo a ser explorado com sustentabilidade.

“O maior desafio de trabalhar com produtos amazônicos é a cadeia de suprimentos e de valor. Além de organizar essa cadeia para que todo mundo consiga desenvolver valores sustentáveis e posicionar produtos no mercado”, diz, complementando: “O mercado brasileiro tem muito espaço ainda. Minha dica é começar pequeno, ver como é aceitação do produto no país e aí sim partir para exportação”.

Exportação

A fundadora da empresa 100% Amazônia, Fernanda Stefanini, sabe bem o que isso significa. A empresa conecta produtos locais com clientes estrangeiros e hoje já exporta para 64 países. A estimativa é chegar a uma centena de países em quatro anos. Para isso, porém, desenvolve um intenso trabalho com a comunidade local, o que ela considera um dos maiores desafios atuais.

“A Amazônia precisa ser descoberta aqui no Brasil. A Amazônia não precisa ser salva, precisa ser respeitada. É preciso abrir o diálogo com as comunidades que habitam nela. Porque quem faz de fato a floresta se manter em pé são as pessoas que moram nela”, salienta.

Para Carlos Brito Soares, da Frooty Açaí, esse trabalho de comunicação com as comunidades e a parceria com produtores deve acontecer de maneira sistemática e sistêmica.

Atualmente, a empresa conta com mais de 100 produtores cadastrados e desenvolve um trabalho constante de diálogo com essa comunidade. Isso porque vê potencial de expansão e de troca para um futuro ainda mais promissor. “A curva de crescimento do açaí hoje é irreversível no Brasil e no mundo, mas ainda é preciso investir muito na união e na qualificação”, considera.

Amazônia além do açaí

Painel 2 desta quinta-feira (5). Crédito: CNI

Sobre o Amazônia+21

O Fórum Amazônia + 21 é uma iniciativa para mapear perspectivas e buscar soluções para temas relacionados ao desenvolvimento da região e melhoria da qualidade de vida dos mais de 20 milhões de cidadãos que vivem na Amazônia Legal. O programa é uma realização da FIERO, prefeitura de Porto Velho, através da ADPVH, com correalização da CNI e Instituto Euvaldo Lodi (IEL). Todas as palestras ficam gravadas no canal do Youtube da CNI, e a cobertura completa de todos os debates pode ser acompanhada na página do Amazônia+21.

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